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domingo, 8 de maio de 2011

Efêmero


Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera,
talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora
as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.



Muitas flores são colhidas cedo demais.
Algumas, mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira
 até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas,
se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar.
A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e
tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos. Cuidamos pouco.
De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos
e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos.
Nos calamos quando deveríamos falar,
falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque
algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso "porque não
estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos
porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e
adormece e continuamos os mesmos,
fechados em nós.
Reclamamos do que não temos, ou achamos
que não temos o suficiente.
Cobramos. Dos outros.
Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos.
Costumamos comparar nossas vidas com
as daqueles que possuem mais que a gente.



E se experimentássemos nos comparar
com aqueles que possuem menos?


Isso faria
uma grande diferença!
E o tempo passa…
Passamos pela vida, não vivemos.
Sobrevivemos,
 porque não sabemos fazer outra coisa.
 Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás.
E então nos perguntamos: e agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa,
de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa,
de agradecer pelo que temos.



Nunca se é velho demais ou jovem demais
para amar, dizer uma palavra gentil ou
fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou.
O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que
estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltar-se para Deus e
agradecer pela vida, que mesmo efêmera,
ainda está em nós. 


 (Letícia Thompson)

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